
O pesquisador Ivan Franzolim, autor da obra “Análise do Mercado Editorial Espírita”, calcula que são mais de cinco mil títulos e que houve um aumento das editoras que publicam os livros espíritas. “Isso é bom e é ruim. É bom porque proporciona maior divulgação da doutrina. É ruim porque as editoras selecionam as obras pela capacidade de venda e não pelo conteúdo doutrinário. Assim, muitas obras apresentam ideias e raciocínios que conflitam com o conhecimento espírita das obras de Allan Kardec”, destaca.
A procura por títulos espíritas se dá pelo interesse das pessoas sobre o sobrenatural, a vida espiritual e a morte. A literatura espírita reúne contos, romances, estudos, meditações e preces. Segundo levantamento do Grupo Candeia, que possui uma das maiores distribuidoras de livros do gênero do País, os leitores são predominantemente mulheres (63%), na faixa etária de 30 a 65 anos.
Depois dos romances, as psicografias são as preferidas. São narrativas transmitidas pelos espíritos por meio de um médium. A região que concentra mais leitores de livros do gênero é a Sudeste, compreendendo 66% do consumo, seguida pelo Nordeste (13%) e Sul (12%). Ricardo Pinfildi, à frente da Candeia, explica que nestes 20 anos de atividade distribui títulos espíritas de mais de 150 editoras. “O resultado desse crescente interesse tem fomentado cada vez mais novas produções espíritas”, destaca.